
A proteína S100B é um dos biomarcadores mais estudados e aplicados em pesquisas envolvendo neurociência, neurotrauma, doenças neurológicas, modelos animais e investigação da função glial. Por sua elevada sensibilidade e forte relação com danos ao sistema nervoso central (SNC), tornou-se uma ferramenta indispensável para pesquisadores que buscam compreender alterações cerebrais em diferentes contextos.
A S100B pertence à família de proteínas S100, caracterizadas por apresentarem dois domínios de ligação a cálcio (“EF-hand”). Essa estrutura confere à molécula propriedades regulatórias importantes, modulando atividades e respostas celulares dependentes de cálcio.
A principal fonte da proteína no SNC são astrócitos, mas ela também é encontrada em:
Essa presença predominantemente glial faz da S100B um marcador sensível de estresse astroglial, lesão neural, inflamação, disfunção da barreira hematoencefálica (BHE) e distúrbios metabólicos do cérebro.
A S100B desempenha papéis críticos tanto intracelularmente quanto extracelularmente.
Funções extracelulares
A S100B pode ser liberada para o espaço extracelular durante:
Uma característica marcante é seu efeito dose-dependente:
Esse comportamento dual é altamente relevante em pesquisas relacionadas a doenças neurológicas e trauma.
É liberada rapidamente após insultos cerebrais, permitindo detecção precoce.
Atravessa a barreira hematoencefálica quando esta está comprometida, tornando possível sua detecção no sangue.
Correlaciona-se com gravidade de lesões em traumas e doenças.
É amplamente conservada entre espécies, facilitando estudos translacionais.
Possui meia-vida relativamente curta, permitindo monitoramento dinâmico em intervalos de tempo reduzidos.
Estas características fazem da S100B um dos marcadores bioquímicos mais utilizados em estudos de trauma, isquemia, neurotoxicidade e neuroinflamação.
A proteína é amplamente estudada em animais devido à sua relação direta com alterações cerebrais. Seus níveis podem indicar mudanças estruturais, inflamatórias, imunológicas ou metabólicas no SNC.
A sensibilidade da S100B torna viável detectar mudanças mesmo em ambientes onde exames de imagem não são práticos ou economicamente acessíveis.
A proteína é aplicada em uma ampla variedade de contextos:
Um dos usos mais estabelecidos. Níveis elevados indicam dano glial ou comprometimento da barreira hematoencefálica.
Alzheimer, Doença de Parkinson, Esclerose múltipla, Esclerose lateral amiotrófica (ELA) - Aqui, a S100B ajuda a diferenciar entre ativação glial fisiológica e patológica.
Detecção de processos inflamatórios induzidos por: endotoxinas, infecções, toxinas ambientais, distúrbios metabólicos, dietas experimentais
Avaliação de segurança pré-clínica.
A S100B é um dos melhores indicadores bioquímicos de alteração de BHE.
Níveis alterados de S100B estão associados a processos de maturação neural, plasticidade e reorganização após lesões.
O ELISA é o método mais comum para medir S100B devido a sua alta sensibilidade e boa padronização experimental. Ele permite:
Os kits disponíveis oferecem excelente detecção mesmo em concentrações muito baixas, essenciais para estudar microlesões, inflamação leve ou alterações iniciais em modelos animais.
Embora extremamente útil, a interpretação de S100B deve considerar:
Usar S100B junto a outros biomarcadores aumenta significativamente a precisão e a interpretação dos resultados.
Sua combinação de:alta sensibilidade, forte relação com glia e barreira hematoencefálica, ampla aplicação em diversas espécies, relevância em múltiplos tipos de estudos e facilidade de quantificação faz com que a S100B permaneça como um dos marcadores mais confiáveis e versáteis para investigar lesão cerebral, neuroinflamação e disfunção glial
Para quem atua em neurociência, toxicologia, modelos pré-clínicos, terapias experimentais ou pesquisas translacionais — S100B é indispensável.
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